Reportagem – Erasmus o sonho europeu
Aqui vai a reportagem que tive que fazer para um estágio, a resposta já a sabem, no entanto, já que tive o trabalho alguém deve o ler. Agradeço à Blogger Sara por ter sido tão simpática e por me ter ajudado a realizar este trabalho. Espero que gostem.
Entre os séculos XV e XVI, Erasmo de Roterdão viajou pelas principais capitais europeias à procura de novas culturas e de novos conhecimentos. Graças ao seu testemunho, o programa Erasmus foi criado em 1987, sendo considerado um programa de apoio para alunos e docentes do Ensino Superior entre estados membros da UE e estados associados. Esta experiência permite aos alunos e aos docentes passar um período de estudos integrados de 3 a 12 meses, ou um semestre noutro país.
Em 2007, o programa Erasmus juntou-se ao programa Leonardo da Vinci, abrangendo novas áreas de ensino, tais como estágios em várias empresas europeias e projetos de cooperação entre instituições de ensino superior.
Sara Silva relata a sua experiência no seu blogue – “Achei que o facto de vir ter outras disciplinas me ia ajudar a encontrar a motivação de que preciso para o curso. Estava enganada. Penso que isto aconteceu da forma que aconteceu por ter feito Erasmus na Polónia, porque a realidade daquela escola é diferente de outros locais. Os professores não eram docentes, mas sim profissionais da área, com isto justifica-se a falta de matéria consistente e de conhecimentos práticos, para não falar da dificuldade dos professores com o inglês. Não tive aulas em conjunto com os alunos regulares, as aulas eram criadas especialmente para o nosso grupo. Porém sei que não é universal porque tenho colegas em Madrid a quem foi exigido muito mais que a mim.”
Segundo a UE, Erasmus proporciona para a vida de um estudante o enriquecimento a níveis académicos e profissionais, mas também proporciona uma melhor aprendizagem a níveis linguísticos e de competências
interculturais. Ajuda também na autoconfiança e na autoconsciência, tornando o estudante num bom cidadão europeu – “Conheci pessoas que, através da sua maneira de ser, me têm dado lições e ensinado a olhar para a vida de outra maneira, e é sem dúvida enriquecedor contactar com uma cultura diferente e ver que, as coisas que tomávamos como normais e ideais até agora, se calhar não o são. Tudo isto fez-me questionar e avaliar muitos aspetos da minha vida. Sinto que o facto de ter vindo para cá, ajudou na minha autodescoberta, a ter ainda mais a certeza de quem sou, do que quero e não quero para a minha vida e do que sou capaz. Nesse aspeto acho que o programa Erasmus é benéfico para todos os estudantes.”, releva Sara em conversa.
Desde do seu surgimento, mais 3 milhões de estudantes já embarcaram nesta aventura, tendo sido alcançado um dos objetivos de 2012, assim sendo, o programa Erasmus festeja o seu 25º aniversário de forma positiva.
Anualmente, este projeto tem como orçamento mais de 450 milhões de euros, são em média 4 000 instituições de 33 países participantes, a comissão europeia confirma que, por ano, em média, mais de 230 000 alunos querem estudar lá fora.
Sara sentiu falta de orientação, mas “Em relação à inscrição, não tive dificuldades mas o período de espera até ver todas as burocracias tratadas foi muito longo. A minha universidade ajudou-me em todo o processo e não me colocou entraves.” Para se fazer Erasmus basta estar matriculado numa instituição do ensino superior e ser titular da Carta Universitária Erasmus. Essa carta proporciona o enquadramento geral para todas as atividades de cooperação europeia, que uma instituição de ensino superior pode realizar no âmbito do programa. Nela estabelecem os princípios fundamentais e os requisitos mínimos que uma instituição deve cumprir quando implementa as suas atividades Erasmus. Os alunos recebem um acordo de estudos, abrangendo o período de mobilidade que deve estar assinado pelo aluno e pela instituição.
Existe uma bolsa Erasmus que serve para ajudar nos custos de viagem e de necessidades urgentes ocorridas durante o programa. Caso o aluno não tenha direito à bolsa, está isento do pagamento de taxas de matrícula, da inscrição, dos exames e do acesso a qualquer tipo de instalações da universidade de acolhimento.
No fim a instituição de acolhimento deve proporcionar ao aluno Erasmus e à sua instituição de origem uma transcrição de registos que confirmam se o programa acordado foi concluído e quais os resultados obtidos.
“Sei que o facto de ter feito Erasmus vai diferenciar o meu currículo relativamente a outras pessoas da minha área, mas não sei até que ponto esta experiência é decisiva na hora de conseguir um emprego.”, conta a blogger.
4 comentários
Claire
Eu tenho os livros em pdf, só que não ando com paciência para ler no pc !!
D.Pereira
Estou a ver que tens ai um belo trabalho…por acaso tenho vindo a ler a experiência da Sara desde sempre e já sabia a opinião dela, sobre os 5 meses de estadia que ela teve na Polónia… eu pessoalmente pensei em ir para o programa de mobilidade… a minha universidade está especialmente ligada com uma uni do Brasil… contudo, já soube de tantos problemas que colegas meus tiveram, derivados aos créditos que nem arrisquei… para além de ninguém me garantir que conseguiria manter-me lá durante aqueles meses financeiramente…
Cat's
Adorei esta tua reportagem 🙂 Eu fiz erasmus o ano passado em Espanha…e foi das melhores experiências da minha curta vida! Um pouco diferente do relatado pela Sara, mas também são países, culturas e universidades totalmente diferentes **
Pi Maria
Acredito que deve ser uma experiência única, mas não fiz Erasmus nem pretendo, pelo menos por enquanto 🙂