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“As coisas que faltam” de Rita da Nova  

“As coisas que faltam” de Rita da Nova conta-nos a história de Ana Luís, uma menina que quer conhecer o seu pai. Após perguntar à sua mãe se o podia conhecer e de pela primeira vez ouvir o não que tanto lhe custou a ouvir, Ana Luís percebe que a tarefa não será fácil mas não desiste da ideia.  

Ana Luís cresce a sentir que lhe falta algo e que não pertence a lado nenhum. A convivência com sua a mãe, uma mulher fria e dominadora, não é das melhores, o que a faz sentir aprisionada num lugar solitário. Deposita as suas esperanças em conhecer o seu pai, acreditando que ele é a peça fundamental na sua vida e que o conhecendo, tudo fará sentido na sua vida.  

Sinopse da Manuscrito 

Há muito que sigo o blogue da Rita da Nova e há muito que esperava que ela anunciasse um livro da sua autoria. Assim que ela o fez, coloquei-o na minha lista de compras e esperei que ele chegasse.  

“As coisas que faltam” de Rita da Nova podia ser uma história verídica, uma simples história à procura da verdade. Vamos crescendo com a personagem principal, Ana Luís, percebendo a sua luta na procura do seu pai e na complicada relação que tem com a sua mãe. Uma jovem que luta consigo mesma e que acredita que ao conhecer o seu pai, todas as suas dúvidas e frustrações serão respondidas.  

Este foi um dos livros que peguei e que foi muito difícil deixar a meio, isto até às últimas 50 páginas, nas quais senti que a história estava a ficar repetitiva (a meu ver). Durante o livro coloquei a mim mesma a seguinte questão – O facto de não conhecermos o nosso pai/mãe/tia/tio, pode mudar-nos como pessoa? Isto porque, foi uma das questões que coloquei a mim mesma quando li o livro de Elena Ferrante “A vida mentirosa dos adultos”. Apesar de serem livros diferentes e o grau de parentesco não ser o mesmo, a questão não deixa de ser impertinente. A falta da presença de alguém pode mudar a nossa pessoa?

Voltando ao livro “As coisas que faltam” de Rita da Nova, a escrita é simples e sem floreados, tal como Rita da Nova já nos habituou. Não deixo de apontar que o livro podia ter mais conteúdo e que a história final poderia ter sido mais explorada, no entanto, enche perfeitamente as medidas e cumpre aquilo que um leitor precisa, de reflectir.  

Fiquei com vontade de comer as bolachas húngaras (belo toque na sessão fotográfica, Rita) e fico à espera do seu próximo livro. Pequenos passos, mas mais um nome de uma escritora portuguesa a apontar.  

Podem adquirir a obra através dos links dos afiliados 

Wook || Bertrand 

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