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Sala de espera

Tenho gasto muito tempo em salas de espera ultimamente, mas sempre na maior ansiedade. A sensação que o nosso mundo acaba ali, os pensamentos mais mórbidos que nos passam pela cabeça, as pessoas que lêem as suas revistas como se nada fosse. Mas a verdade é que por aqueles corredores passam milhares de pessoas que sofrem de todos os males, mas nem todas estão doentes. Existem as pessoas que acompanham os seus familiares, e são essas os grandes pilares para o doente. 
Quando se vai para a sala de espera dos tratamentos, os acompanhantes não podem ir com o utente até à sala principal, estas ficam na sala de espera. É ai que eu quero chegar, passa-se muito tempo naquelas salas mas existem actividades variadas. Há quem leia, há quem escreva, há quem jogue e há quem durma. Aborrecimento não existe naquelas salas, passa sempre uma senhora com o café e chá e ainda oferece bolachas. Aquele café é tão bom e ajuda a queimar algum tempo. Ouvem-se relatos de toda a espécie, aprende-se a fazer rendas. Afinal as salas de espera não são más, é pena é os motivos que nos levam a frequentá-las. A verdade é que na sala de espera podem-se encontrar várias pessoas simpáticas, pode-se partilhar histórias, pois quem está ali precisa de desabafar e porque não encontrar ali um apoio? Ninguém está imune, mas a grande verdade é que um apoio ou mesmo um abraço vale mais que mil palavras, e os doentes precisam de apoio pois é mais uma ajuda para ultrapassar mais uma barreira.
Ele pode estar doente, mas sabe que pode contar comigo para qualquer consulta, tratamento ou até mesmo exames. Ainda ontem nos perdemos a sair do Hospital da Cruz Vermelha, em vez de entrar na estrada correcta fomos ter quase à ponte Vasco da Gama,só risos. Bem! Ao menos há alegria e não casal Garcia ok? Isto era desnecessário, ai vida —

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