A minha terra
Gosto da minha aldeia. Gosto da sua transparência e da sua passividade. Gosto das pessoas. Gosto dos domingos de missa, onde a melhor vestimenta sai à rua. Gosto das tardes frescas com pés descalços na calçada. Os sons dos gritos – Oh ti Maria benha cá. Estar a jantar e ouvir o padeiro, é sinal de bolinhos quentes. De estar a dormir e ouvir a chuva a cair lá fora. As motas a acelerar. Os garotos a chamarem-se uns aos outros. O cheiro da lenha a queimar. Aqueles natais, aqueles verões. São quilômetros de distância, são dias que demoram a chegar, e semanas que passam a correr.
Estás no meu sangue, fazes parte de mim.
A distância pode ser demasiada, mas o meu pensamento está sempre por lá a vaguear.
3 comentários
Ana Rita
Digo sim 😀
Mel
Apesar de gostar muito da cidade, acho que serei sempre uma rapariga da aldeia :p
Margarida C.
Identifiquei-me tanto com este texto 🙂