Ler Faz Bem,  Opiniões Literárias,  Porto Editora

“Dicionário de Calão do Norte” de João Carlos Brito  

Se havia dicionário que faltava era o “Dicionário de Calão do Norte” de João Carlos Brito. Um livro que dispensa sinopses, mas que é necessário para compreender o pessoal do Norte. De certeza que já ouviram certas expressões e que não as perceberam. Não é só a pronuncia que os diferencia, mas também um vocabulário muito próprio. Uma homenagem ao pessoal nortenho, onde podemos encontrar novas formas de ofender sem que nos percebam.  

Sinopse da Porto Editora  

Para os mais distraídos, eu nasci no Norte, mais concretamente em Mirandela. Desde pequena que estou habituada a termos que o pessoal de Lisboa não compreende. Apesar de não ter o sotaque (com muita pena minha) aprendi o vocabulário. Há palavras que uso diariamente que às vezes geram conversas e discussões. Lembro-me de certos momentos que dizia palavras e que o pessoal ficava a olhar para mim. Houve uma vez que fui ao padeiro e lhe pedi moletes e ele ficou a olhar para mim. São carcaças. No escritório pedi uma malga. É uma tigela. A minha avó diz muitas vezes que sou morrinhenta. Sou preguiçosa. Dou por mim a pedir um moucho quando podia dizer um banco. Há situações em que a palavra nortenha me sai em vez de outras. Frigideira não existe no meu dia-a-dia. Existe a sertã. Poderia estar aqui a enumerar uma lista de palavras, mas a verdade é que há muitos termos que usamos que proveem do Norte, e não sabemos, daí a criação do “Dicionário de Calão do Norte” de João Carlos Brito. Ir ao Endireita. Levas uma lamparina. Azeiteiro. Em pantanas! Não ata nem desata. O meu avô jogava a duas coisas, ao jogo da malha e ao jogo do fito. Passo a batata quente a vocês, e tentem procurar expressões nortenhas que vocês usem diariamente. Deixem-me aqui nos comentários.  

Podem adquirir a obra através dos links dos afiliados     

Wook || Bertrand 

2 comentários

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *