Abysmo,  Ler Faz Bem,  Opiniões Literárias

“Natureza Morta” de Paulo José Miranda

“Natureza Morta” de Paulo José Miranda foi a primeira obra vencedora do Prémio José Saramago. Sendo um dos meus objectivos de 2021 ler todas as obras dos “Herdeiros de Saramago” decidi seguir a ordem dos vencedores, começando por “Natureza Morta” de Paulo José Miranda.

Esta ideia nasceu graças à série da RTP “Herdeiros de Saramago”, na qual me apercebi que pouco ou nada conheço sobre a literatura portuguesa e confesso que vou com medo para este desafio… Mas deixemos as conclusões para o fim e dou início ao Projecto | Ler Herdeiros de Saramago.

Sinopse da Editora Abysmo

Não faz sentido falarmos da obra sem conhecermos um pouco do seu autor. Paulo José Miranda nasceu a dia 21 de Maio de 1965 na Aldeia de Paio Pires. Romancista, Poeta e Dramaturgo português, autor de várias obras, sendo a sua última “ A doença da Felicidade” publicada em 2015 pela Editora Abysmo.

A sua primeira obra foi “A Voz que nos trai” publicada em 1997 e dois anos depois lançou “Natureza Morta” que lhe seria atribuído o 1º prémio literário de José Saramago. Esta obra vencedora foi reeditada pela editora Abysmo e conta com mais 2 histórias “Vício” e “Um prego no coração”.  

“Natureza Morta” de Paulo José Miranda conta a história de João Domingos Bomtempo, uma figura importante na História da Música portuguesa. Ficou conhecido como o Camões do piano, mas também mestre na arte dos violinos e no oboé. Um artista que obteve sucesso internacionalmente mas que após as invasões francesas, decidiu voltar a Portugal pois “Fosse o que fosse não podia deixar de ser português”.

No seu regresso encontrou um país na miséria e cheio de sofrimento, e foi através desses sentimentos melancólicos que João Domingos Bomtempo compôs o seu único Requiem. Um personagem triste que vive numa dor constante e sempre com o sentimento de perda no seu pensamento.

“Natureza Morta” é o 2º volume desta trilogia. “Um prego no coração” é a obra que presta homenagem a Cesário Verde e “Vício” homenageia Antero de Quental. Apesar de só ter lido um livro fiquei com vontade de conhecer mais as suas obras literárias. Não é um livro para todos os leitores mas percebo o porquê de ter vencido o prémio literário de José Saramago. Não seria o tipo de livro que iria comprar se o visse e se não fosse a série da Rtp posso vos garantir que nunca chegaria a este livro. Mas! Confesso! Que foi uma surpresa. O meu receio a partir de agora é que todos os livros tenham este sentimento melancólico, mas é continuar a ler. O próximo será “Nenhum olhar” de José Luís Peixoto.

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *