“Barbie”
Sim, eu fui ver o filme “Barbie” porque fui persuadida pelo miúdo para ir ao cinema ver o filme. Vesti rosa, levei uma amiga com quem brinquei com Barbies e saí de lá com uma lágrima no olho. Mas vamos ao que interessa. A derradeira opinião.
“Barbie” é para as pessoas que sentem demais e, ao mesmo tempo, sentem que não são suficientes. É para aqueles que procuram o seu lugar no mundo, qual o caminho a seguir. Para os que sonham com a perfeição, mas que sabem, lá no fundo, que ninguém é perfeito. “Barbie” é para aqueles que têm medo do futuro, que têm pavor a mudanças e que desejam que tudo continue igual. Para aqueles que sentem falta da infância, mas também para aqueles que sentem que já não há volta a dar. Para todos aqueles que se sentem perdidos, que não se reconhecem, mas que estão à procura de si mesmos.
A Greta Gweirg conseguiu referenciar inúmeros clássicos da ficção, como Uma Odisseia no Espaço, Matrix, Grease, Pinóquio e até mesmo o Feiticeiro de Oz. Usa e abusa de um humor clássico, com piadas clichés e ainda faz críticas ao mundo real. É um filme feminista, mas não extremista. Com um discurso por vezes divertido, mas com um tom de relevância. Existe um monólogo revelação da Gloria (interpretada por America Ferrera) que me deixou com um nó na garganta. Discurso esse que já passou pela cabeça de qualquer mulher, o que é ser verdadeiramente mulher. Barbie e o Ken não podiam ter ficado mais bem entregues que a Margot Robbie e a Ryan Gosling.
Um filme de auto-descoberta, “Barbie” não é um filme para crianças, mas para filhas, mães, avós e Kens desta vida. Um filme que daqui a uns anos se tornará num clássico do cinema.
Confesso que estava à espera de tudo, menos daquilo que assisti. Termino com a referência ao final, onde temos a oportunidade de ver a Barbie a descobrir o seu caminho e a fazer uma piada Mic drop.