“O lugar das árvores tristes” Lénia Rufino
“O lugar das árvores tristes” de Lénia Rufino conta-nos a história de uma mãe e de uma filha que vivem numa aldeia no interior de Portugal. Estamos no ano de 1992, Isabel sempre foi uma jovem curiosa. Ela gosta de passear pelo cemitério, entre campas e conhecer as histórias por lá perdidas e esquecidas. Se lhe perguntarem, ela sabe todas as causas do falecimento de quem lá está. Todas, menos de uma. Foram várias as vezes que Isabel tentou arrancar a verdade à sua mãe, mas nunca conseguiu. Mas Isabel não aceita ficar sem resposta e começa à procura. O que ela não sabe é que mexer no passado pode abrir feridas, mas sobretudo descobrir que “Não se escolhe a hora a que se morre, a não ser que alguém a escolha por nós”
Comecei a ler “O lugar das árvores tristes” de Lénia Rufino no corredor dos livros do Continente. Comecei e tive de o trazer comigo para casa. A história chamou por mim de tal maneira que foi este que me desencaminhou do meu objectivo de comprar um livro por mês. E que belo pedaço de livro. Este é o livro de estreia de Lénia Rufino. Um livro carregado de dor. Um livro que me fez refletir e soltar uma lágrima. Um livro bem estruturado, bem escrito e sem tempos parados. Surpreendeu-me bastante que tive de o emprestar à Izzie para ter a certeza de que partilhávamos a mesma opinião.
Tal como Isabel, também eu me sinto bem no cemitério. Gosto da sensação de paz e leveza, mas após a leitura de “O lugar das árvores tristes” de Lénia Rufino passei a olhar para o cemitério de outra maneira, quando lá vou penso nas histórias por contar, penso nas pessoas que lá deixam flores, mas penso sobretudo nas pessoas que ali estão.
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